quarta-feira, 31 de março de 2010
NOSSO TEMA
Assim resolvemos Ademilson e Adriana, disponibilizar, nessa oportunidade do BLOG, algumas informações a cerca dos deficiêntes visuais, as conquistas que esses indivíduos vem tendo através dos tempos nesse últimos 50 anos, o qual deu um grande passo para a independência do indivíduo portador de deficiência visual.
TCC
sábado, 27 de março de 2010
A invenção do sistema braille e a sua importância na vida dos cegos
A educação dos cegos
Foi no século XVIII que se iniciou, de forma sistemática, o ensino dos cegos. Valentin Haüy (1745-1822), homem de ciência e homem de coração, fundou em Paris, em 1784, a primeira escola destinada à educação dos cegos e à sua preparação profissional.
Homem de coração, Valentin Haüy teve a ideia de instruir os cegos depois de haver contemplado, na Feira de Santo Ovídio, em Paris, um espectáculo que o chocou profundamente.
Sobre um estrado, por conta de um empresário sem escrúpulos, dez cegos exibiam-se como fantoches.
Homem de ciência, influenciado pelas filosofias sensistas segundo as quais tudo vinha dos sentidos, Valentin Haüy entendeu que na educação dos cegos o problema essencial consistia em fazer que o visível se tornasse tangível.
Adaptou, pois, para o seu uso, os processos dos videntes. Aliás, Valentin Haüy foi o primeiro a defender o princípio de que, tanto quanto fosse possível, a educação dos cegos não deveria diferenciar-se da dos videntes.
Na sua escola, para a leitura, adoptou o alfabeto vulgar, que se traçava em relevo na expectativa de que as letras fossem percebidas pelos dedos dos cegos. Para a escrita (redacções e provas ortográficas), serviu-se de caracteres móveis. Os alunos aprendiam a conhecer as letras e os algarismos, a combinar os caracteres para formar palavras e números e a construir frases.
Tudo isso não passava de meros exercícios tipográficos, sempre condenados à destruição.
O problema da educação dos cegos só ficou satisfatoriamente resolvido com a invenção e adopção do Sistema Braille - processo de leitura e escrita por meio de pontos em relevo hoje empregado no mundo inteiro.
O Sistema Braille é um modelo de lógica, de simplicidade e de polivalência, que se tem adaptado a todas as línguas e a toda a espécie de grafias. Com a sua invenção, Luís Braille abriu aos cegos, de par em par, as portas da cultura, arrancando-os à cegueira mental em que viviam e rasgando-lhes horizontes novos na ordem social, moral e espiritual.
Fonte:www.lerparaver.com.br.Acesso em 26/03/2010
A Perda da Visão na Adolescência e na Idade Adulta.
A pessoa que perde a visão quando jovem ou adulta, se, por um lado, "já viu o que havia para ver no mundo", como diz o povo, por outro, tem de defrontar-se com o trauma psicológico da perda. Pelos casos que conhecemos, o processo de superação depende muito da atitude pessoal, da situação sócio-econômica, cultural e familiar, mas aconselha-se que essas pessoas sejam alvo de acompanhamento psicológico, bem como as suas famílias.
É natural que a pessoa sinta que o seu mundo ruiu ao cegar. As bases em que ele se sustentava deixarão de existir. Realizar tarefas quotidianas em casa, andar na rua, dirigir-se para a escola ou emprego, entre outras, deixará de ser possível antes de se ter iniciado um processo de reabilitação.
As famílias, que tantas vezes se sentem indefesas perante a adversidade, respondem de forma desajustada, compreensivelmente. As duas respostas familiares mais comuns são o abandono ou a super proteção. A ajuda deverá vir tanto dos serviços de saúde, como da escola, no caso de crianças e jovens, implementando programas sempre no sentido de considerar que o indivíduo é um todo e que a sua reeducação objetivamente procurará que os seus níveis de participação na vida familiar e social sejam, quanto possível, repostos.
Os profissionais de saúde e os professores não devem esquecer que as perdas que a cegueira traz são muitas. Segundo Carrol (1968), podem ser sistematizadas da seguinte forma: perdas emocionais, perdas das competências básicas, perdas na consideração pessoal, perdas relacionadas à ocupação profissional, perdas na comunicação e perdas que implicam a personalidade como um todo.
As perdas emocionais caracterizam-se pela fragmentação da auto-imagem e perda da auto-estima . O indivíduo, que tinha a sua vida centrada no sentido da visão, deixa de poder sentir-se como uma pessoa completa, considerando-se, pela diferença física, alguém inferior, alguém que não é o que era e que surge diferente dos outros que o rodeiam. O peso do que lhe sucedeu assume tais proporções que pode ficar psicologicamente instável. Tarefas simples do quotidiano, como olhar-se ao espelho, escolher uma peça de roupa ou cumprimentar um amigo à distância, tornam-se impossíveis e geram situações de afastamento, de necessidade de ajuda e de angústia.
Se cada um tem uma auto-imagem, independentemente de ser real ou não, ao cegar o indivíduo a perde. Sente que é outra pessoa e que dificilmente voltará a ser alguém que interesse aos outros.
A sua relação com os outros e com a cegueira dependerá também da forma como via os cegos enquanto conservava a sua visão. Se a sua percepção dos cegos valorizava fatores como a mendicidade, a pobreza e a dependência, naturalmente que não acreditará com a mesma convicção na sua reabilitação. Se, por outro lado, associava cegos a artistas, a pessoas que enfrentavam a vida corajosamente, a sua posição face ao futuro, ao cegar, não será desesperada.
A pessoa que cega repentinamente perde as competências básicas. Não se saberá vestir, não será capaz de se alimentar, de se locomover, de se desviar de obstáculos, de se apresentar de forma socialmente aceitável... Terá imensas dificuldades em orientar-se, em fazer opções em termos espaciais, como escolher pontos de referência. A cegueira repentina como que imobiliza o indivíduo que a experimenta. Sentidos como o olfato e paladar, antes tão negligenciados, tornam-se lentamente muitíssimo importantes, o mesmo sucedendo com a audição e com o tato. Enquanto o sentido da visão não for substituído pelos outros, o cego sente-se como que perdido no mundo e sujeito a um constante sentimento de pânico, temendo sempre pela sua segurança, seja no meio familiar ou no espaço exterior.
A não realização de competências básicas, por um lado, levam-no a considerar-se como alguém agora incapaz de ser reconhecido pelo que fazia quando via; por outro, tornou-se alguém completamente dependente de familiares ou de amigos, o que veio romper antigos equilíbrios que norteavam a sua vida.
Incapaz de realizar as tarefas comuns do dia-a-dia, tornando-se dependente, o cego perde a sua liberdade, a sua intimidade, a sua posição no seio familiar e muito daquilo que o unia aos outros. O mesmo se pode dizer que sucede com as competências relacionadas com a ocupação profissional. Não podendo trabalhar, de repente vê-se sem mais um traço da sua identidade, que é a sua profissão. Perde também os colegas de trabalho, as vivências que uma profissão traz ao dia-a-dia de quem trabalha, a interrupção de uma carreira, a degradação da sua situação econômica e a esperança em relação ao futuro... Se ainda é estudante, o seu desempenho acadêmico fica em risco e muitas vezes o abandono da escola ou universidade é a resposta ao que sente.
As perdas relacionadas com a comunicação são relevantíssimas. A perda de visão impedirá a leitura, antes tão natural, bem como a observação de obras de arte, a assistência de espetáculos, seja presencialmente seja através da televisão. Se se trata de alguém que gostava de ler, de ver exposições de pintura e de assistir a espetáculos de cinema ou teatro, sentirá que a sua perda é enorme.
Faltar-lhe-á um conjunto de pontos de identificação com o mundo, pontos que antes encontrava em livros, jornais, em publicações relacionadas com a sua área profissional... Além disso, não podendo consultar os seus extratos bancários, ler as faturas da água, eletricidade e telefone..., verifica que a sua vida privada é vasculhada por terceiros, o que lhe causará angústia.
Apesar de existirem respostas de tipo tecnológico para muitos dos problemas aqui apresentados, não podemos esquecer que a cegueira afeta o indivíduo como um todo e que a resposta a esta situação varia com os indivíduos. Há os que reagem e superam, reorganizando a sua vida, mas há muitos outros que se vitimizam, assumindo-se como "coitadinhos", como merecedores de pena, nada preocupados em crescer como pessoas.
Por considerarmos que a cegueira repentina afeta a vida completa de uma pessoa, concordamos com Bruno e Mota (2001, p. 144) quando escrevem que: "...é ingênuo considerar que a cegueira é uma deficiência que atinge somente a visão. Ela pode abalar seriamente a estrutura psíquica de quem venha a adquiri-la".
Conhecedoras dos contornos do problema da perda de visão, as pessoas que rodeiam o cego recente devem reagir o mais naturalmente possível. Não faltar com a ajuda quando necessária, mas evitar a comiseração e a piedade que melindram quem é alvo delas.
Não é, contudo, possível esquecer as vicissitudes da nova condição. As pessoas devem compreender que aquele que cegou se torna uma pessoa diferente e que perdeu a sua privacidade. É agora alguém marcado, alguém que perdeu o seu antigo anonimato. Por isso, pede-se a quem o rodeia que nem o subestime, nem o valorize sem razão.
Muitos cegos recentes, ao verem que ganham notoriedade, tentam dar o passo para a frente sem resolver os problemas básicos da vida. Tornam-se extremamente dependentes, embora pareçam apresentar uma autonomia e uma participação social merecedoras de louvor. Ao contrário desta pessoa, é comum também surgir o cego recente que, como perdeu o sentido que o ligava ao mundo, como não pode apreciar a natureza, o que é belo, isola-se e corta os laços com o meio exterior.
Os técnicos de reabilitação devem estar atentos a estas situações e perceber o que está em jogo para buscarem o equilíbrio, trabalhando em conjunto com a família e, se possível, com a comunidade.
O mesmo se espera da escola. Pede-se-lhe que não permita que haja rupturas na vida acadêmica dos alunos que cegaram recentemente. Como na maior parte dos casos a cegueira não é repentina, antes a perda da visão é lenta e gradual, a prevenção deve ser uma prioridade para professores e outros técnicos.
Por outro lado, é preciso determinar quando deverá ter início a aprendizagem do sistema Braille. Como escreve Correia (2008), "...a transição para o sistema Braille deverá fazer-se sem saltos, não sendo necessário interromper os estudos. Hoje estão disponíveis um conjunto de meios tecnológicos que configuram alternativas válidas para que os alunos consigam dominar o Braille gradualmente e de forma tão cômoda quanto possível, até o tornarem no seu meio natural de escrita e leitura."
Muito dificilmente uma pessoa normovisual compreende e consegue experienciar o que é ser cego. É ilusão julgar que fechar os olhos, realizar tarefas na escuridão ou deixar-se guiar por outrem, resumem o que é ser cego (Martins, 2006). Para este autor, a dificuldade de um normovisual perceber o que é ser cego e, consequentemente a sua integração na sociedade, está ligada aos preconceitos profundamente arraigados na nossa cultura. Podemos encontrá-los na Bíblia e na mitologia, através da figura de Tirésias.
Por um lado, ser cego, como são os cegos que surgem nas nossas aldeias, vilas e cidades, não é apenas não ver. Trata-se de pessoas que adquiriram um conjunto de competências que lhes permite enfrentar o quotidiano em segurança, com comodidade e de forma profícua. Por outro, a pessoa cega não é apenas a sua cegueira, mas alguém que tem uma vida como qualquer outro ser humano.
Para a pessoa de visão normal é quase impossível imaginar-se sem o seu sentido primordial, colocar-se na posição do cego que se cruza consigo na rua, compreender determinadas atitudes que o vê tomar. Muitas vezes o que é natural para um cego não o é para um normovisual. Quantas vezes é um cego agarrado por diversas mãos ao descer de um comboio, mas logo abandonado na plataforma da estação? Que dizer deste comportamento se considerarmos que ele precisaria, em vez da ajuda para descer da carruagem, da informação da localização das escadas mais próximas para se poder dirigir para a saída? Este exemplo de incompreensão é bem claro e percebe-se que pode conduzir a pequenos desentendimentos. Naturalmente será mal visto o cego que recuse uma ajuda para descer do comboio, considerada necessária pelos que o rodeiam. Muitos casos de agressividade por parte das pessoas com deficiência resulta de situações como a que descrevemos.
Os cegos ainda hoje são considerados seres exóticos por muitos que com eles se cruzam. A sua cegueira avulta como característica primordial. Os cegos são olhados como uma comunidade, como um todo e não como pessoas isoladas e quantas vezes sem relação alguma com outros cegos que vivem na mesma rua ou bairro.
Os cegos, na opinião popular, são todos inteligentes e lindos (Correia, 1995). O anedotário pinta-nos um cego, umas vezes, ladino, bizarro e malvado, mas, outras, infeliz e humilhado. As artes dão também um contributo para esta visão estereotipada do cego. A literatura e o cinema estão cheios de exemplos em que cegos são descritos de uma forma difícil de aceitar por um espírito esclarecido. Prova disso é o que sucede em O Rosário (Barclay, 1970), em que o protagonista perde a visão e a sua enfermeira coloca cordas para ligar o piano à poltrona para que ele se possa deslocar com comodidade. Outro exemplo caricato aparece em O Milagre (Wallace, 1984), em que a personagem cega conta os passos para se deslocar quer em casa quer na rua. Também esta personagem sofreu a perda da visão e acredita poder ser curada por um milagre de Nossa Senhora de Lurdes.
Há a tendência para julgar que os deficientes visuais apresentam as mesmas características pessoais. Refletindo sobre o assunto, Delgado Cobo, Gutierrez Rodriguez e Toro Bueno (2003, p. 119) escrevem que: "Podemos afirmar que não encontramos elementos que nos permitam falar na existência de uma personalidade do cego", acrescentando que, embora se possam observar alguns traços e tendências, muitos cegos não possuem a maior parte deles.
Ana Maria Medeiros.Professora de Braille.
Instito de S. Manuel - Porto.
em ,www.bengalalegal.com.br.Acesso em 26/03/2010
Escolas Inclusivas e Inclusão.
As tendências pedagógicas modernas referentes à educação dos cegos, assim como a de todas as outras pessoas com deficiência, prescrevem sua inserção no sistema escolar comum, desde o pré-escolar até a universidade, com vistas, especialmente, a combater a segregação das pessoas cegas
Dessa forma, as pessoas com deficiência, visual ou qualquer outra, podem mais facilmente serem incluídas na sociedade e sentirem-se cidadãos úteis, e não encargos. Além de cegos graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
Atualmente, tanto quanto o Sistema Braille, a informática atua fortemente na educação de pessoas cegas, pois os programas leitores de tela permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazerem trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille . As ajudas técnicas disponíveis estão cada vez mais avançadas nesse sentido, além de que a sociedade, através das leis, começa a ajustar as informações para que estas se tornem mais acessíveis.
Fonte: www.bengalalegal.com.br. Acesso em 26/03/2010
Escolas Especiais para Cegos.
Com o impulso dado pelo sistema Braille, surgiram na Europa diversas escolas para cegos, algumas notáveis, como a inglesa St. Dunstan, que dava ênfase aos aspectos psicológicos dos alunos. Seguiu-se a criação, nas escolas públicas, de classes especiais para crianças cegas, a primeira das quais foi fundada nos Estados Unidos em 1900. A Perkins School, de Boston, conseguiu um feito extraordinário com a educação primorosa de Helen Keller, cega, surda e muda aos 19 meses de idade, que conseguiu graduação superior e escreveu diversos livros sobre a educação de pessoas com deficiência.
A partir daí, os livros em Braille proliferaram a tal ponto que a National Library for the Blind, em Westminster, Inglaterra, conta com um acervo de milhares de volumes.
A UNESCO participou ativamente do esforço para unificação do sistema Braille e difusão de material didático. Muitas outras escolas para cegos e associações de cegos foram surgindo em todo o mundo. No Brasil, a primeira instituição especializada foi o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, criado em 1854, hoje Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
O QUE É INCLUSÃO?
referimos.
Inclusão social é um conceito que começou a se gestar desde 1950 em órgãos e
insituições como a ONU, e que engloba uma série de projetos, políticas, leis, serviços, etc.,
voltados, inicialmente, a atender pessoas com necessidades especiais, visando a sua
integração na sociedade, por meio da educação e do trabalho digno.
Dentro destas iniciativas, estão temas que vão desde a locomoção da pessoa portadora
de deficiência pela cidade até políticas de quotas, com o objetivo de tornar a sociedade um
meio adequado de convivência entre todas as pessoas, independente do seu tipo de
inteligência e de suas dificuldades, para que tenham garantidos seus direitos, respeitando-se as
necessidades e potencialidades individuais.
Com o tempo, o termo inclusão também passou a ser utilizado para falar dos grupos
desfavorecidos, como as mulheres, as minorias étnicas, os pobres e miseráveis. Mais ainda,
hoje também está sendo utilizado para designar as políticas que visam a beneficiar as pessoas
que, por diferentes motivos, não têm acesso aos meios de comunicação e à informática e, em
virtude disto, acabam ficando apartadas dos atuais processos de evolução social.
É importante deixar claro que políticas inclusivas não podem ser confundidas com
políticas assistencialistas. Isso quer dizer que “incluir” significa criar as ferramentas para que
cada indivíduo, por seus próprios meios, consiga estudar e progredir no mercado de trabalho e
na sociedade; jamais poderíamos crer que “incluir” é igual a fornecer bolsas, mesadas ou
esmolas.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
inicío da educação para deficientes visuais
Todo o esforço educacional dirigido ao cego visa, em última análise, sua inclusão social. A primeira escola para cegos foi fundada em Paris, em 1784, por Valentin Haüy. Um de seus discípulos, Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos de idade, criou um sistema de leitura tátil, que além das letras tinha também números e notações musicais
sábado, 20 de março de 2010
TRATAMENTO PARA BAIXA VISÃO PODE AJUDAR ESCOLARES
Tratamento para baixa visão pode ajudar escolares
Apesar das dificuldades visuais de 80% das crianças com baixa visão serem percebidas no primeiro ano de vida, a maioria delas só é encaminhada para serviços especializados na idade escolar, quando os problemas se evidenciam mais. Na Faculdade de Medicina (FM) da USP, uma pesquisa realizada com escolares de baixa visão mostra que, se houvesse atendimento especializado logo após a detecção do problema, as dificuldade escolares poderiam ser menores.
A médica Maria Aparecida Onuki Haddad investigou uma série de fatores e condições de escolares com baixa visão em seu doutorado na Faculdade de Medicina (FM) da USP. Ela conta que a visão normal, segundo a Organização Mundial da Saúde, corresponde em uma escala ao valor 1. A baixa visão ocorre quando o paciente enxerga com o melhor olho entre 0,3 e 0,05. "Não é cegueira, a pessoa tem respostas visuais, mas é uma visão muito comprometida. Por isso, as crianças em idade escolar com esse problema formam uma população com necessidades muito especificas", explica a médica, que buscou ver as dificuldades desses pacientes obtendo informações que possam auxiliar no desenvolvimento de ações para prevenção, detecção, tratamento e reabilitação de problemas visuais na infância.
Avaliações
Maria Aparecida avaliou 115 escolares entre 7 e 16 anos, do sistema público de ensino, que não possuíam nenhuma outra deficiência. Todos eles eram atendidos na Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara) ou no Hospital das Clínicas da FM, onde a médica atua. "Foi feita uma avaliação oftalmológica tradicional e outra especializada em baixa visão, onde, com testes especiais, estudamos melhor as respostas visuais, como sensibilidade ao contraste, campo visual, visão de cores. Deste modo, foi possível conhecer o padrão da sua resposta visual, ou seja, como a criança enxerga", explica.
Essa pesquisa possibilita ver qual o tipo de auxilio visual a criança precisa, desde óculos comuns de grau, até auxílios especiais para baixa visão. "Os auxílios especiais podem ser não ópticos, como letras ampliadas, canetas mais fortes para melhorar o contraste do que é escrito, e podem ser ópticos, como lupas, sistemas telescópicos que podem ajudar a criança a realizar a leitura da lousa. Existem também os auxílios de videomagnificação, que ampliam a imagem num monitor e são geralmente usados quando a visão é muito baixa" explica a médica.
Maria Aparecida também pesquisou a origem da baixa visão, encontrando as causas infecciosas, como a toxoplasmose congênita, em primeiro lugar. "Depois, vêm a catarata congênita, doenças hereditárias de retina e diversos tipos de má formação ocular", conta. "A maior parte das doenças oculares que levam à baixa visão estão presentes ao nascimento e por isso é muito importante o trabalho conjunto do pediatra com o oftalmologista".
Propostas
Além de orientações específicas para as crianças, sobre como usar os aparelhos e também como facilitar os estudos (reforçando as letras no caderno, por exemplo), é preciso também haver orientação para a família e a escola. "Quanto mais cedo ela tiver o apoio da família, da comunidade em que vive, dos professores e de seus colegas, menor será a dificuldade escolar", explica a médica.
No Brasil, os serviços especializados na reabilitação da baixa visão ainda são poucos e muitos profissionais ainda não conhecem. "A maior parte dos entrevistados não conhecia outro serviço além de onde era tratado", conta a médica. "A divulgação e a orientação para a comunidade são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de quem tem baixa visão. Políticas de acesso aos aparelhos especiais, que ainda são caros e importados, também. Muitos têm a receita para o aparelho necessário, mas não têm condições de obtê-lo, prejudicando ainda mais o aprendizado e o desenvolvimento".
Fonte: http://www.universia.com.br
Alunos com Baixa Visão: um desafio para os educadores.
Henrique tem 13 anos, escreve com letras grandes e em caixa alta, não identifica acentos e sinais de pontuação em um texto. Ele coloca o livro e o caderno bem perto do rosto, tem percepção de cores e de detalhes em figuras ou desenhos simples. Apesar de usar óculos e telescópio tem dificuldade para enxergar letras e ilustrações dos livros e para copiar o conteúdo do quadro-negro. É um aluno afável, gosta de "games" e evita lugares sombrios para brincar e realizar as tarefas escolares.
Fabiana tem 09 anos, lê e escreve com dificuldade, e, ao colorir, ultrapassa os contornos do desenho. Apresenta uma escrita desorganizada, letras irregulares, levanta da carteira e vira a cabeça ou o caderno para enxergar o que está escrito. Na entrada da escola e na hora do recreio, não consegue achar a fila de sua turma necessitando de ajuda. Parece ficar perdida e hesitante, fecha os olhos com freqüência, principalmente se a claridade for intensa. Ela é arredia, fala pouco e dificilmente interage com a professora e os colegas.
Rafael tem 10 anos, participa das atividades de educação física e do recreio, mas em sala de aula não demonstra interesse pelas atividades de escrita. Ele não conhece as letras do alfabeto e não identifica o seu nome. Sempre que seus objetos escolares caem no chão, usa o tato para procurá-los. Ele vai sozinho para a escola e solta pipa na rua.
Henrique, Fabiana e Rafael estudam em escolas diferentes da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, e têm necessidades semelhantes, decorrentes da baixa visão, causada por alterações de funções visuais, que dificultam a recepção e o reconhecimento de estímulos, interferem ou limitam a execução de tarefas rotineiras e o desempenho escolar. A condição visual destes alunos nem sempre é compreendida pelos profissionais das escolas que tendem a considerar as atitudes e o comportamento deles como falta de interesse, preguiça, distração ou dificuldade de aprendizagem. Isso porque é difícil para os educadores e mesmo para a família compreender a oscilação visual que consiste na possibilidade de enxergar com mais nitidez, ou menos, de acordo com as circunstâncias exteriores ou o estado emocional do sujeito.
A funcionalidade ou eficiência da visão é definida em termos da qualidade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com os aspectos de natureza orgânica, as condições de estimulação, de ativação das funções visuais, da mediação e orientação adequadas. Esta peculiaridade explica o fato de Henrique, Fabiana e Rafael apresentarem níveis diferenciados de desempenho visual no que diz respeito à desenvoltura e segurança para a realização de tarefas, locomoção e percepção de estímulos ou obstáculos. Por isto, é necessário observar e entender o movimento dos alunos em direção ao estímulo visual, o que fazem para enxergar e como enxergam.
Alguns sinais e comportamentos indicadores de baixa visão podem ser identificados em sala de aula: aparência dos olhos, tremor da pupila, andar hesitante, sentido de direção e localização de objetos etc. O aluno esfrega os olhos; franze a testa; fecha e tampa um dos olhos; balança a cabeça ou a inclina para a frente para ver um objeto próximo ou distante; levanta para ler o conteúdo escrito no quadro negro, em cartazes ou mapas; troca palavras, omite ou mistura letras e sílabas; evita ou protela atividades predominantemente visuais; pisca muito, chora com freqüência, tem dor de cabeça ou fica irritado devido ao esforço despendido na realização da tarefa; tropeça com facilidade ou não consegue se desviar de objetos e de pequenos obstáculos; aproxima o livro, o caderno e outros materiais para perto dos olhos; sente incômodo ou intolerância à claridade; troca a posição do livro e perde a seqüência das linhas em uma página ou confunde letras semelhantes; tem dificuldade em participar de jogos e brincadeiras que exijam visão de distância.
A baixa visão é caracterizada pela impossibilidade de ver à distância devido a alterações decorrentes de lesões ou outras afecções na retina, no nervo óptico ou no campo visual mesmo após intervenção cirúrgica ou tratamento. Em muitos casos, há uma perda progressiva e irreversível da visão cujo processo pode ser lento e provocar efeitos emocionais e outros impactos em todas as esferas de vida do sujeito.
A baixa visão manifesta-se de forma peculiar em cada um dos indivíduos afetados porque são muitos os aspectos que interferem no modo de ver e na maneira como os objetos e estímulos do ambiente são percebidos ou reconhecidos. Alguns alunos fazem uso de recursos ópticos mediante prescrição oftalmológica, enquanto outros necessitam basicamente de recursos não ópticos.
O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem como na superação de dificuldades e conflitos emocionais. Estes alunos devem aprender a perceber visualmente as coisas, as pessoas e os estímulos do ambiente. Para isto, os educadores devem despertar o interesse dos alunos e estimular o comportamento exploratório por meio de atividades orientadas e adequadamente organizadas a partir de critérios que contemplem as necessidades individuais e específicas destes alunos.
Recomendações Úteis.
O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula, a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro; a carteira deve ficar em uma posição que evita a incidência de reflexo de luz no quadro, a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno; o uso constante de óculos deve ser incentivado, quando houver prescrição médica; a seleção, a confecção ou adaptação de material devem ser planejadas e elaboradas de acordo com a condição visual do aluno; a necessidade de tempo adicional para a realização das tarefas deve ser observada; o material escrito e as ilustrações visuais devem ser testados com a intenção de assegurar que podem ser percebidos pelo aluno; as posições do aluno e da carteira devem ser modificadas, sempre que necessário, sobretudo no caso de fotofobia; o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala de aula; uso de cortinas ou papel fosco para não refletir a claridade; as tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo.
Fonte: SÁ, E. D. Alunos com baixa visão: um desafio para os educadores. Revista Aprendizagem. , v.8, p.48 - 49, 2008.
sexta-feira, 19 de março de 2010
MOBILIDADE
A "orientação e mobilidade" é, certamente, o componente mais importante no processo de reabilitação e integração do deficiente visual.
A imagem de um indivíduo movimentando-se nas ruas, atravessando-as, passando entre os carros, entrando nos transportes públicos, desviando-se dos obstáculos com destreza usando apenas uma bengala branca, é comum nos dias que correm.
Esta capacidade de mobilidade e de orientação é conseguida recorrendo a uma aprendizagem muito específica que tem como objectivo fazer com que o cego use todos os seus outros sentidos de uma forma coordenada e constante que o levam a saber onde está, por onde deve ir e como reconhecer os vários locais.
Além de aprender a usar convenientemente a audição, o olfacto, o tacto, etc., o cego também aprende a criar pontos de referência que o ajudam a identificar determinados locais.
Um sinal de trânsito, um declive, mudança de piso, saliência numa parede, podem ajudar um cego a identificar um determinado local.
Ouvir de que lado vêm os carros ou sentir de onde vem o vento, pode ajudar um cego a saber se está junto a uma rua e se pode atravessá-la.
Um cheiro a bolos ou a café pode ajudá-lo a identificar uma confeitaria.
Aprendem-se também técnicas que permitem alguma segurança na mobilidade de forma a prevenir alguns incómodos ou até mesmo acidentes.
A introdução em Portugal dos "cães-guia", fruto do trabalho incansável da Escola Beira Aguieira, veio facilitar de forma extraordinária a mobilidade dos cegos.
FONTE :www.lerparaver.com.br acesso em 19/03/2010
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES ESPECIAIS
UTILIZAÇÃO DO BRAILLE
Discutir o sistema que Louis Braille legou à humanidade é, no meu entender, a melhor forma de homenagear o seu autor, na medida em que o seu invento continua a demonstrar uma grande actualidade e uma indiscutível vitalidade. De facto, depois da sua adaptação ao texto literário das diversas línguas e aos diferentes alfabetos, à matemática, à música, à química e ao xadrez, este sistema de seis pontos e sessenta e três símbolos ou combinações possíveis, consegue ter nos nossos dias, uma palavra séria a dizer no campo das novas tecnologias, mais precisamente, no da informática.
O domínio do Braille é extremamente importante, por isso, os professores devem incentivar e ajudar os seus alunos ao estudo e aperfeiçoamento deste. Dado que é através dele que vão tomando contacto com a estrutura dos textos, a ortografia das palavras e a pontuação. Além de ser fundamental para o estudo da Matemática e Física Química.
Os deficientes visuais de uma maneira geral não são motivados para a prática do Braille nem o conhecem em todas as suas modalidades.
Incapazes de ler a um ritmo satisfatório, não tiram proveito dos livros e manuais que já hoje têm ao seu dispor.
A falta de aprendizagem e treino reflecte-se também na escrita que é deficiente quanto ao Braille, e desconcertante quanto à ortografia relativamente a expressão em domínios específicos como a grafia matemática, fonética, etc.
O domínio aprofundado do Braille é uma condição de êxito sobretudo se o aluno não puder estudar com caracteres ampliados.
Para a criança cega, aprender a usar o Braille é uma das chaves que abre as portas para a comunicação com o mundo dos que têm visão.
O BRAILLE E AS SUAS APLICAÇÕES
O braille potencia decisivamente as capacidades de comunicação do deficiente visual, permite-lhe obter informação capaz de lhe manter os interesses que já possui ou incrementá-los.
Sabendo ler e escrever Braille o sujeito pode construir um novo círculo de amizades que lhe proporcionará um espaço de vivência muito gratificante e que contribuirá para o seu equilíbrio emocional.
O facto de o aluno ter sucesso na aprendizagem do Braille, só por si, funciona como reforço da sua auto-imagem e autoconsciência.
Com o conhecimento do Braille o aluno pode reencontrar ou descobrir o prazer da leitura, o qual será uma razão para ele acreditar na sua realização, mesmo sem ele ver.
Perceberá também que o Braille promove a sua independência em muitas circunstâncias e isto dá-lhe ânimo ao mesmo tempo que lhe reduz receios.
Na área da dactilografia os conhecimentos de Braille são úteis porque permite ao aluno fazer na máquina a transcrição de textos em Braille podendo realizar um trabalho prolongado sem ter de recorrer à sua inspiração para construir um texto, e que lhe diminuiria a concentração sobre o trabalho. Recorrendo ao Braille pode ainda o aluno tomar apontamentos relativamente ao funcionamento da máquina, aos esquemas necessários, à elaboração de endereços e mapas, que poderá consultar sempre que necessite.
Na orientação e mobilidade os conhecimentos de Braille são úteis porque possibilitam ao aluno a consulta de mapas, plantas topográficas e roteiros, alimentando desse modo a informação sobre o meio circundante que contribuirá para facilitar a realização de trajectos.
Com o auxílio do Braille o aluno pode identificar e organizar uma colecção de discos, cassetes, disquetes e revistas em tinta.
Utilizando a escrita Braille pode ainda elaborar uma agenda de contactos pessoais e dos serviços públicos relevantes.
Quando se passa para a aritmética há igualmente instrumentos de uso específico e cujo manuseio não é muito fácil exigindo portanto um domínio táctil grande. É ao cubarítmo que me estou a referir. Este instrumento é um tabuleiro rectangular dividido em quadrados dentro dos quais é possível introduzir cubos correspondentes aos algarismos que se pretendem escrever.
O Braille promove o desenvolvimento pessoal do deficiente visual que o aprende, porque o torna mais autónomo, diminui-lhe o isolamento social, enriquece-o culturalmente, permite-lhe a expressão de sentimentos e ideias. Permite também ao cego combater o isolamento social e a estagnação cultural.
Nos nossos dias com a vulgarização da informática o acesso dos deficientes visuais à informação escrita conheceu novas possibilidades. Uma vez introduzido o texto no computador o deficiente visual tem ao seu alcance toda a informação não gráfica disponível no ecrã, podendo fazer a sua leitura através da linha de braille, desde que domine o sistema Braille.
Conhecendo o Braille a criança deficiente visual com o braille.n print é possível escrever um texto e torná-lo imediatamente acessível a pessoas que não conhecem o Braille.
Esta potencialidade é extremamente útil para quem na sua actividade necessita de transformar em caracteres impressos em tinta os seus textos em Braille.
fonte:www.lerpraver acesso em 19/03/2010
O PROFESSOR DE BRAILLE E A CRIANÇA CEGA
O ensino do Braille requer que o contacto entre professor e aluno seja individualizado e próximo. Num contacto deste tipo o professor de Braille pode ser uma fonte de aconselhamento e suporte para o aluno, na medida em que o escuta quando, expressa sentimentos, lhe esclarece dúvidas e lhe regula expectativas relacionadas com a situação presente e futura.
Esta acção é importante porque diminui tenções emocionais, motiva o aluno para agir e contribui para que o mesmo não fixe para si, objectivos irrealizáveis, cuja não concretização lhe causaria frustrações, sempre limitativas de uma vivência satisfatória.
Da aprendizagem do sistema Braille até uma leitura destra, gratificante, há um longo caminho a percorrer. Pressupõem-se as bases de um bom ensino e muitas horas de prática para desenvolver até esse nível o sentido do tacto. Hoje em dia é preciso ter mais força de vontade e um gosto inato pela leitura táctil para nos disponibilizarmos assim para ela, resistindo ao apelo dos cada vez mais livros gravados, dos programas de rádio e televisão que agora nos entram em casa em catadupa, das novas tecnologias, dos trabalhos manuais menos exigentes em termos de concentração. Além disso, a leitura é uma actividade possessiva que nos subtrai ao ambiente circundante, que nos solicita por inteiro. Não nos entregamos a ela de bom agrado sem esperar contrapartidas que valham o que deixámos.
Aprendizagem da assinatura
DACTILOGRAFIA E ESCRITA A MÃO
A dactilografia, raramente incluída no currículo elementar das crianças com visão, é muito importante para as crianças cegas, caso se espere que comuniquem com o mundo dos que têm visão, pois um número muito pequeno de pessoas com visão consegue ler Braille. As crianças cegas devem aprender a usar a máquina de escrever comum tão cedo quanto possível. A escrita à mão é muitas vezes difícil, no entanto, deve-se incentivar a criança a assinar o seu nome.
A incapacidade de escrever o seu próprio nome é muitas vezes uma fonte de embaraço, e é por esse motivo que se enfatiza a aprendizagem da assinatura. A máquina de escrever tem tudo, mas não substitui recursos como guias de metal, necessários para ajudar a ensinar a escrita à mão.
terça-feira, 16 de março de 2010
APARELHO PERMITE A CEGO "ENXERGAR COM A LÍNGUA".
UOL
16/03/2010
Confira o vídeo com a reportagem
Equipamento está sendo testado nos EUA por ex-soldado britânico ferido no Iraque. O vídeo com a reportagem pode ser visto em
PÁGINAS INTERESSANTES
Bengala Branca: Empresa privada que tem como objetivo maior possibilitar aos deficientes visuais brasileiros acesso às novas tecnologias na área de informática a preços razoáveis para que possam participar da sociedade em igualdade de condições.
Bengala Legal: Página que aborda temas como a cegueira, diabetes, doença renal e transplante. Repleta de depoimentos bem interessantes.
COMPADRES - Conselho Mundial de Pais e Amigos do Deficiente Visual: É uma rede de informação e comunicação de pais e amigos do deficiente visual que visa ajudá-los a trabalharem juntos em prol da educação, reabilitação e plena integração/inclusão na sociedade.
Diário do Nordeste: Jornal de videntes, também editado em Braille pela Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC. Um convênio firmado entre Diário do Nordeste e a SAC disponibiliza todos os dias as matérias do jornal especialmente formatadas para o Sistema DOSVOX.
Fênix - Produtos e Serviços p/ Cegos: Empresa privada que negocia material para deficientes visuais.
Fundação Dorina Nowill para Cegos: Promove o desenvolvimento pleno e a inclusão social de crianças, jovens e adultos com cegueira ou visão subnormal, através de programas de avaliação e diagnóstico, estimulação precoce, educação especial, reabilitação, produção e distribuição de livros e materiais especiais.
Instituto Benjamin Constant (IBC): Órgão do Ministério da Educação e do Desporto do Governo do Brasil, tendo suas ações destinadas às questões relacionadas à Deficiência Visual. Fundado em 1854, foi a primeira instituição de educação especial da América Latina.
Lar das Moças Cegas: Instituição particular de natureza filantrópica, fundada em 1943 que desde 1988 começou a receber também Deficientes Visuais do sexo masculino. Mantém o Centro de Educação e Reabilitação para Deficientes Visuais, tornando-se um órgão independente e respeitado pelos seus serviços.
Laramara: Associação Brasileira de Assistência ao deficiente Visual. Centro de referência nacional para habilitação, reabilitação e inclusão da pessoa com deficiência visual.
Ler para ver: Tem muitas informações úteis, como: informática para deficientes visuais, downloads de programas, ligações para o mundo, e uma secção muito interessante, "os nossos amigos" com textos da autoria de diversas pessoas e muitas outras coisas.
Multiplano: Matemática para Portadores de Necessidades Especiais. É um recurso que permite com que a pessoa cega construa as Operações Matemáticas, Gráficos, Equações e também estude Geometria e Polinômio com rapidez e segurança. É importante ressaltar que facilita com que o Deficiente Visual estude matemática lado a lado com o vidente.
O Povo: Jornal de videntes, também editado em Braille pela Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC. Com mais de 70 anos está sempre inovando. É um grande amigo das pessoas com necessidades especiais.
Olho Vivo: Bela exposição de FOTOS que objetiva fazer uma HOMENAGEM ÀS PESSOAS CEGAS, mostrando o alto grau de independência e eficiência a que podem chegar, através do processo educacional e da capacitação profissional a que tiverem acesso.
Projeto DOSVOX: Destinado a auxiliar o deficiente visual a fazer uso de microcomputadores da linha PC, através do uso de sintetizador de voz. Desenvolvido na UFRJ.
Rádio DOSVOX: não é verdadeiramente uma rádio, no sentido em que não existe uma difusão através de ondas hertzianas. É apenas um lugar onde programas importantes, de interesse especial pelo público deficiente visual, são armazenadas ou referenciados. A Rádio é mantida pelo NCE/UFRJ - Projeto DOSVOX. Para ouvir a Rádio DOSVOX use o Real Player, clique aqui.
Rede SACI: Solidariedade Apoio Comunicação e Informação, atua como facilitadora da comunicação e da difusão de informações sobre deficiência, visando estimular a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania das pessoas portadoras de deficiência.
domingo, 7 de março de 2010
BAIXA VISÃO
- 20/30 a 20/60 : é considerado leve perda de visão, ou próximo da visão normal
- 20/70 a 20/160 : é considerada baixa visão moderada, baixa visão moderada
- 20/200 a 20/400 : é considerado grave deficiência visual, baixa visão grave
- 20/500 a 20/1000 : é considerado visão profunda, baixa visão profunda
- Inferior a 20/1000 : é considerado quase total deficiência visual, cegueira total ou quase
- Nenhuma Percepção da luz : é considerada total deficiência visual, cegueira total
Existem também os níveis de deficiência visual baseado na perda do campo visual (perda de visão periférica).
Em Acuidade visual existe mais informações e consulta do gráfico internacional de acuidade visual
Nos Estados Unidos, qualquer pessoa com a visão que não possa ser corrigida para melhor que 20/200 no melhor olho, ou tenha 20 graus (diâmetro) ou menos de campo visual é considerado como "legalmente cego" ou elegíveis para deficiência e classificação possível na inclusão de certos programas governamentais.
Magnitude da deficiência visual
- A nível mundial, em 2002 mais de 161 milhões de pessoas ficaram deficientes visuais, dos quais 124 milhões de pessoas tinham baixa visão e 37 milhões eram cegos. No entanto, por alguns erros cometidos algumas causas para a deficiência visual não foram incluídas, o que implica que a real magnitude global da deficiência visual é maior.
- A nível mundial, para cada pessoa cega, uma média de 3,4 pessoas têm baixa visão, com o país e a variação regional variando de 2,4 a 5,5.
Patologias na Acuidade visual, que podem causar perda de visão
- Catarata
- Glaucoma
- Uveíte
- Degeneração macular
- Opacidade da córnea
- Tracoma
- Retinopatia diabética
- Miopia magna
- Doença de Stargardt
- Albinismo
- Retinite pigmentosa
Em comparação com as estimativas dos anos de 1990, novos dados baseados na população mundial em 2002 mostram uma redução no número de pessoas cegas, com problemas de visão, e aqueles que são cegos devido aos efeitos das doenças infecciosas, mas existe um aumento do número de pessoas que estão relacionados com a ocultação das condições de vida desde muito tempo. Esta nova informação sublinha a necessidade de alterar a agenda de saúde para incluir a gestão das doenças que estão agora tornando-se predominantesDistribuição da deficiência visual
Por idade: As Deficiências visuais estão distribuída desigualmente e em todas as faixas etárias. Mais de 82% das pessoas que são cegas possuem 50 anos ou mais, embora representem apenas 19% da população do mundo. Devido ao número esperado de anos vividos em cegueira (anos de cegueira) a cegueira infantil continua a ser um problema significativo, com um valor estimado em 1,4 milhões de crianças cegas abaixo de 15 anos.
Por gênero: lol indicam que de forma consistente e em todas as regiões do mundo, e em todas as idades, as mulhres têm um risco significativamente maior de serem deficientes visuais que os homens. Geograficamente: A Deficiência visual não está distribuída uniformemente em todo o mundo. Mais de 90% dos deficientes visuais do mundo vivem em países em desenvolvimento.
FONTE:Wikipédia.
sexta-feira, 5 de março de 2010
PESSOAS COM CEGUEIRA TOTAL CONSEGUEM VER COM SISTEMA DE IMPLANTE DE ELETRODOS
O Dr. William H. Dobelle comunicou hoje que oito novos pacientes se submeteram ao implante de uma série de eletrodos de platina nas áreas do córtice visual em ambos lados do cérebro e conseguiram uma acuidade visual estimada em cinco vezes o nível de um paciente que foi avaliado dois anos atrás com o primeiro sistema móvel de visão artificial. Com a segunda geração do sistema, os pacientes têm um campo de visão muito mais amplo, podem detectar e seguir movimentação de uma maneira muito melhor do que o sistema original possibilitava, e, mais importante ainda, podem distinguir as bordas de objetos livre das obstruções de fundo. "Esta segunda geração do nosso dispositivo oferece um grau de visão funcional que pode possibilitar a mobilidade independente para uma pessoa cega numa ampla extensão de atividades práticas", disse o Dr. Dobelle.
Na primeira geração do sistema, os eletrodos eram implantados apenas no hemisfério direito do cérebro. O Dr. Dobelle relatou sobre a segunda geração do sistema na quadragésima oitava reunião anual da Sociedade Americana Para Órgãos Internos (The American Society For Artificial Internal Organs - ASAIO). No Sistema de Visão Artificial Dobelle, que reflete mais de trinta anos de trabalho de desenvolvimento, uma câmera de televisão em miniatura, montada na lente dos óculos de sol do paciente, envia imagens para um microcomputador usado num cinto ao redor da cintura. O microcomputador processa os dados e envia sinais para um estimulador e então para os eletrodos ao cérebro através de cabos percutâneos que conectam o sistema. "Com esta nova geração do sistema, os pacientes podem ver aproximadamente cinco fosfenos (minúsculas rajadas de luz) a mais do que era conseguido com o primeiro sistema", disse o Dr. Dobelle. "Seu campo de visão foi expandido de um túnel estreito (8 X 2 polegadas) no primeiro sistema, para 22 X 14 polegadas na geração nova do sistema. Eles podem ver e acompanhar movimentação com uma acuidade muito maior e o sistema oferece a "detecção das bordas", tornando possível distinguir, por exemplo, um homem com roupas em cor opaca em pé contra um fundo de cor clara. Como resultado, dois dos pacientes já puderam dirigir um veículo, manobrando ao redor de objetos num estacionamento privado. Paralelamente, quatro dos pacientes já puderam ver fosfenos coloridos".
Todos os pacientes perderam a visão devido a trauma e nenhum deles era candidato à implantes de retina. O Dr. Dobelle estimou que provavelmente menos de cinco por cento das pessoas cegas são candidatas à implantes de retina, porém que virtualmente todas as pessoas cegas podem ser candidatas a um sistema de visão artificial que depende da estimulação do córtice visual. Os pacientes estavam cegos por períodos variando entre dois e 57 anos por ocasião da cirurgia, com idades variando entre 27 e 77 anos de idade. Um paciente, cego desde o nascimento em um olho, perdeu a visão no outro olho com 45 anos de idade. Um segundo paciente - com setenta e sete anos por ocasião da cirurgia - perdeu a visão em ambos olhos num ataque morteiro durante a II Guerra Mundial. Ambos pacientes viram "fosfenos normais". De acordo com o Dr. Dobelle, estes casos sugerem que a idade do paciente ou o período de cegueira não representam contra-indicação para a cirurgia.
Todos os implantes cirúrgicos foram efetuados no CUF Hospital em Lisboa, Portugal pelo Dr. João Lobo Antunes, MD, que é chairman do Departamento de Neurocirurgia na Universidade de Lisboa, juntamente com o Dr. John T. Girvin, MD, que é dirigente de neurocirurgia no King Faisal Specialist Hospital em Jeddah, Arábia Saudita. Ambos, o Dr. Antunes e o Dr. Girvin, têm trabalhado no projeto com o Dr. Dobelle por mais de 25 anos.
fonte:PR Newswire