A "orientação e mobilidade" é, certamente, o componente mais importante no processo de reabilitação e integração do deficiente visual.
A imagem de um indivíduo movimentando-se nas ruas, atravessando-as, passando entre os carros, entrando nos transportes públicos, desviando-se dos obstáculos com destreza usando apenas uma bengala branca, é comum nos dias que correm.
Esta capacidade de mobilidade e de orientação é conseguida recorrendo a uma aprendizagem muito específica que tem como objectivo fazer com que o cego use todos os seus outros sentidos de uma forma coordenada e constante que o levam a saber onde está, por onde deve ir e como reconhecer os vários locais.
Além de aprender a usar convenientemente a audição, o olfacto, o tacto, etc., o cego também aprende a criar pontos de referência que o ajudam a identificar determinados locais.
Um sinal de trânsito, um declive, mudança de piso, saliência numa parede, podem ajudar um cego a identificar um determinado local.
Ouvir de que lado vêm os carros ou sentir de onde vem o vento, pode ajudar um cego a saber se está junto a uma rua e se pode atravessá-la.
Um cheiro a bolos ou a café pode ajudá-lo a identificar uma confeitaria.
Aprendem-se também técnicas que permitem alguma segurança na mobilidade de forma a prevenir alguns incómodos ou até mesmo acidentes.
A introdução em Portugal dos "cães-guia", fruto do trabalho incansável da Escola Beira Aguieira, veio facilitar de forma extraordinária a mobilidade dos cegos.
FONTE :www.lerparaver.com.br acesso em 19/03/2010
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